segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dicas de Viagem: Foz do Iguaçu

Depois de colocar o meu diário de viagem, que já contém algumas dicas, agora vou postar outras que talvez possam ajudar vocês.
Parque Nacional do Iguaçu (Brasil) - Foz do Iguaçu: não reserve um dia inteiro para passar no lado brasileiro. O parque do Brasil é menor, e, se você não gosta de esportes radicais, não vai ficar mais que uma hora e meia. Se você, porém, gosta de esportes radicais ou  quer fazer longas caminhas (por volta de 20 quilômetros ida e volta), aí vale reservar o dia.
O parque brasileiro, porém, é muito (muito mesmo) mais bonito que o da Argentina. O pouco tempo que você passa lá compensa a viagem.
Valor (para brasileiros): 22 reais (13 anos ou mais). 6 reais (12 anos ou menos).  

Parque Nacional del Iguazú (Argentina) - Puerto Iguazú: para este, sim, reserve o dia inteiro. Pra você ter uma ideia, ficamos no parque das 11h às 17h, e das quatro trilhas, percorremos apenas três. As trilhas também são muito bonitas, a sua vista, o tanto que você se molha... Nas cataratas, a vista é menos privilegiada que a do Brasil, sendo muito bonita do mesmo jeito. (Cada lado tem sua beleza.)
Valor (para brasileiros): 45 pesos (20 reais): 13 anos ou mais. 25 pesos (por volta de 10 reais): 12 anos ou menos.

Usina hidroelétrica de Itaipu (Brasil e Paraguai): não reserve um dia inteiro, porém reserve uma manhã ou uma tarde inteira para ela. É realmente muito divertido fazer os passeios com os ônibus, e para os curiosos de plantão, há um guia explicando tudo.

Duty Free (Argentina) - Puerto Iguazú: vá, visite, compre (lá é zona franca). Duty Free e Ciudad del Este são um prato cheio para pessoas que gostam de comprar. Principalmente no Duty Free, há chocolates importados da Suíça, Bélgica, França etc, muito baratos. O Duty Free só não é tão grande como parece.

Ciudad del Este (Paraguai): se você deseja ir a Ciudad del Este, é melhor não ir com carro alugado. Até mesmo porque as locadoras não permitem. Apesar de não ter passado por isso (não fui de carro), ouvi relato de pessoas que foram obrigadas a pagar por crimes não cometidos em um carro! Dizem que eles tentam, a todo custo, achar alguma irregularidade. Se você foi com seu carro, bom, porém mesmo assim tome cuidado. Ir a pé não é má opção, porém não esqueça de não levar bolsas e coisas de valor (além de dinheiro, óbvio, que será necessário). 
Não faça esteriótipo dos produtos paraguaios. Só evite comprar em camelôs, porque os produtos, nesses casos, podem ser falsificados. Comprando em lojas como Sony, Panasonic, em shoppings, tudo dá certo.
Leve, de preferência, em dólar ou real (é preferível levar o dólar, que é a moeda-base. Pode ser que você saia no prejuízo levando reais, já que um produto de US$ 500,00 é dado como R$ 1.000,00, em vez de R$ 840,00, que seria o correto, já que o dólar está menor que R$ 2,00). Além disso, é mais fácil pechinchar com dólar. Isso ocorre porque o dinheiro paraguaio (guarani) é muito desvalorizado. Portanto, se você paga em guaranis, no dia seguinte o comerciante já terá o seu dinheiro desvalorizado. Em dólar, a existe estabilidade.

O que conhecer em...

Puerto Iguazú (Argentina): a cidade de Puerto Iguazú é muito bonita é tem bons preços. Os restaurantes oferecem a famosa parrillada (churrasco) argentina. A carne é realmente muito boa, e compensa.
Não se esqueça de comprar os alfajores argentinos, mas lembre-se de que os alfajores argentinos são os artesanais, não aqueles vendidos em padarias. Normalmente, você pode comprá-los em lojas de lembranças. É realmente muito bom.
Conheça também o Duty Free, as Cataratas do Iguaçu...
Ah, não se esqueça de que, por não ser argentino, você não é obrigado a pagar impostos sobre os produtos. Portanto, exija a nota fiscal, e na volta passe na aduana, pois você tem o direito de receber 17% em cima do produto comprado. A regra só não vale no Duty Free, que tem zona livre de impostos. (Esse é um decreto internacional).
Na Argentina, é necessário, para o carro, o Seguro Verde, o qual você tem que pagar (o preço não é muito alto). A lei argentina permite que você circule por 30 quilômetros a partir da fronteira sem esse seguro. Se você quiser esticar um pouquinho mais a sua viagem, terá de pagá-lo. Não deixe que te enganem (pois podem querer fazer isso): só é obrigatório depois de 30 quilômetros de fronteira.

Foz do Iguaçu (Brasil): quanto à culinária, há de todos os tipos: fast-foods, culinária japonesa, pizzas etc. Se você quer economizar, coma no Muffato. É um supermercado que tem também um restaurante, que, por sinal, é muito bom - e barato. O quilo custa 15 reais!
Na cidade, ir às cataratas e à usina de Itaipu também são passeios indispensáveis. Depois que sai do aeroporto, chega-se a Puerto Iguazú em 10 minutos. Se você alugar carro, a Avis e a Hertz permitem que você saia do Brasil (e vá para a Argentina).

Ciudad del Este e Presidente Franco (Paraguai): em Ciudad del Este, as compras são indispensáveis. Já em Presidente Franco, existe o salto Monday, que oferece esportes radicais. Esse atrativo fica perto da foz do Rio Monday. São três quedas d'água, e serve não só para quem quer fazer esportes radicais, mas também para quem quer vê-las. 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Diário de Viagem: Foz do Iguaçu



Sentimo-nos pequenos diante da imponência das águas das Cataratas do Iguaçu (lado brasileiro).
  O diário de viagem a seguir contém algumas informações sobre a minha viagem a Foz do Iguaçu, que pode ser útil a alguns viajantes, e contém dicas.

Foz do Iguaçu, 27 de julho de 2010

Hoje chegamos a Foz do Iguaçu. Acordei às sete e meia da manhã, e marcamos para sair de casa às nove horas. Bem, como de costume, saímos às nove e meia. Tinha que ser meia hora mais tarde. Pegamos o avião, que saiu uma e meia da tarde, e chegamos a Foz do Iguaçu exatamente às três horas e dois minutos.

Parte do Hotel Continental Inn em Foz do Iguaçu.
Realmente, é um hotel maravilhoso, principalmente
os alojamentos.
Entramos no aeroporto, pegamos um carro na Avis e fomos para a estrada. No telefone o pessoal da Avis disse que não podia atravessar a fronteira para a Argentina; chegando ao aeroporto, eles disseram que pode sim, só que para o Paraguai não. Deram-nos inclusive um papelzinho que permite-nos entrar na Argentina. O aeroporto fica um pouco longe da cidade de Foz. E fomos para o hotel Continental Inn, num dos melhores bairros da cidade.

Quando chegamos ao hotel, fomos informados que não poderíamos ficar no quarto que alugamos… Então ficamos na suíte master. Para todos ficaria, por dia, R$ 400,00 a mais, e não fomos obrigados a pagar nada. É muito grande o quarto, tem até hidromassagem…
Tudo indica que o passeio iria ser muito bom. E foi ficando melhor. Fomos à Argentina (foi a primeira vez que eu saí do Brasil), na cidadezinha de Puerto Iguazú. Era noite, a aduana estava quase sem ninguém.
Disseram que os alfajores argentinos são os melhores, mas nós compramos e vimos que não era muito diferente do daqui, do Brasil.

Voltamos às onze da noite e caímos na cama.



Fronteira entre Brasil e Argentina. Acho que dá pra perceber qual
lado é o Brasil e qual é a Argentina.


Puerto Iguazú, 28 de julho de 2010


Hoje reservamos o dia para passar em Puerto Iguazú, na província de Misiones, na Argentina. Nosso planejamento envolvia as cataratas da Argentina, o Marco das Três Fronteiras, Duty Free e ficar um pouco na cidade de Puerto Iguazú. Pois bem… Fomos às cataratas.

A aduana brasileira é rápida. A da Argentina, nem tanto. Demoramos mais de meia hora na aduana da Argentina.


Cuidado! Esses quatis são bonitinhos, mas não coma perto
deles. Eles estão nos parques argentino e brasileiro.
 Que maravilha! Pagamos, cada um, 45 pesos (20 reais) para entrar no Parque Nacional do Iguazú (o local onde estão as cataratas), mais 25 pesos (12 reais) para crianças de doze anos ou menos.

Há quatro trilhas no lado da Argentina. Delas, apenas três fizemos creio que, pelo menos, as melhores partes nós vimos. Ao entrar no parque há algumas vagas no estacionamento de terra. O Parque Nacional é muito simpático. Não é preciso falar espanhol ou ouvir para entender o que eles falam. As pessoas do parque falam português (com um sotaque argentino bem forte).

Nós começamos pelo Paseo Superior. Pegamos um trenzinho (grátis) da estação central do parque e fomos paraa a estação do Paseo Superior. Chegando, andamos muitos. Entrando lá tinham bastante saltos, que são as quedas d’água. Salto de Eva, de “Adán”, enfim. A visão é mais de perfil e de frente (cada passeio tinha uma visão). Neste passeio não nos molhamos muito. A visão é uma das maiores de todas as trilhas. Vimos todas as cataratas dali.

Voltamos e comemos. Não achei tão caro o lanches. Normalmente, em parques nacionais, zoológicos brasileiros, a comida é muita cara. Com AR$ 30,00, que são R$ 12,00, você come um lanche – e um lanche grande.

Engraçado, alguém que não gosta de queijo ou presunto tem que tomar cuidado a comer na Argentina. Tudo, absolutamente, tem Jamón y Queso. Tudo. Nos cardápios de restaurantes, nos lanches que se come, em qualquer lugar. Mesmo se há outro tipo de carne, um hambúrguer, milanesa, frango…

Continuando, fomos à segunda trilha, ao Paseo Inferior. Uma trilha grande, cheia de escadas. É lá que se molha. Foi o lugar mais perto que cheguei das cataratas. Foi preciso levar capa de chuva, porque se não teria me molhado todo. Mesmo com capa, molhei-me as calças. Também, se quiséssemos, teria a Aventura Náutica e a Gran Aventura, dois passeios para quem gosta de emoção. Mesmo assim, não fomos. Também há o Paseo Ecologico, que custa AR$ 50,00. A aventura mais cara custa AR$ 200,00. Lá também se aceita real, mas, como eles tomam tudo pela metade (AR$ 200,00 = R$ 100,00), sendo que às vezes, em real, custaria menos (hoje custaria R$ 88,00).

Molhar-se é indispensável, e é parte da aventura de estar nas cataratas do Iguaçu.

Se você encontrar um Coatí (quati) no parque, não se assuste e não os alimente. Não fazendo nada com ele, ele não faz nada com você, e é até bonitinho andando no meio das pessoas. Cheguei até mesmo a ver um esquilo.

Voltamos ao centro de alimentação, e fomos em direção ao trenzinho. Agora era hora de ir para a Garganta do Diabo – uma maravilha. Chegamos ao trenzinho e fomos para la garganta del diablo. Anda-se uma ponte sobre o rio Iguaçu, chega-se sobre umas árvores aquáticas nós pensamos que chegou, mas o caminho se repete várias vezes, ponte sobre um imenso rio. A paisagem que se vê é compensante. Olhamos para baixo e não vemos nada a não ser uma nuvem branca de spray, lindo, e ao lado as cachoeiras.

As borboletas que se veem são muito colorodas, desde branco e preta até com manchas vermelhas, de várias cores. Entramos no parque às onze horas e saímos só às cinco e meia.

À noite, comemos num restaurante em Puerto Iguazú. O arroz estava sem gosto, sem sal, sem cebola, sem alho. Não sei se em toda a Argentina é assim, mas lá estava. A carne, pelo contrário, estava muito boa. Comemos uma chapa cheia de carnes, que lá chamam de parrillada.

Compramos os alfajores argentinos (os melhores do mundo) da Dulces Misiones, deliciosos. Tem de fruta, doce de leite e de chocolate. O preço foi de AR$ 20,00. Depois disso, voltamos. Já era noite.

Fomos dormir.



Ciudad del Este, 29 de julho de 2010



Nós reservamos o dia de hoje para fazer compras no Paraguai. As compras se fazem em Ciudad del Este, no Alto Paraná (Paraguai). Deixamos o carro num estacionamento perto da Ponte da Amizade. Foi um estacionamento que – segundo disseram – tinham seguro. Inclusive, tem mais estacionamento do que gente perto da Ponte da Amizade. Passamos a pé. Todos diziam que era muito perigoso passar a pé para o Paraguai, mas, para quem mora em São Paulo, isso é fichinha. Nem se compara à 25 de março. Passamos pela aduana brasileira e esperamos passar pela aduana do Paraguai após passar a ponte.

Passamos a ponte, vimos uma estrutura parecida com uma aduana, mas… ninguém lá dentro. Passamos normalmente, na ida e na volta. (Depois procuramos nos informar, há pessoas e dias que eles resolvem não parar. Nós demos sorte, mas há pessoas que são paradas pela aduana. Só que naquele dia ninguém foi parado…)

Ficamos espantados com a sujeira que é a Ciudad del Este. O chão é de asfalto, mas parece até de barro. Dentro dos shoppings, é permitido fumar, e fica aquele cheiro horrível de cigarro nos corredores. Ainda bem que não fomos nem na terça ou no sábado, pois é o dia de sacoleiros, isto é, a cidade fica mais cheia do que já é normalmente.

Na questão do trânsito, senti-me na Índia. Só fomos na primeira grande avenida, mas não tem nenhum semáforo, os cruzamentos são estranhos... Mas o trânsito de São Paulo é só um pouquinho melhor.

Chegando à primeira loja, Nave Shop, subimos ao setor de eletrônicos. O netbook que eu queria não tinha, mas continuamos vendo eletrônicos. Essa foi uma das lojas que nos indicaram como seguras, e realmente nos parecia.

Passamos à segunda, à terceira, e continuamos andando. Chegamos a lojas, e vimos que, se não prestássemos atenção, poderíamos ser roubados… No começo, pediam 420 reais, e depois mudavam para 420 dólares…

Há também o Shopping Americanas (onde comprei o netbook). Ainda lá, tivemos de tomar cuidado com vendedores que quiseram cobrar 10% do valor do produto para emitir nota fiscal, dizendo que é assim em todas as lojas. Ainda bem que não acreditamos, porque não é verdade.

O meu netbook, que custava 320 dólares, comprei um melhor, com bateria 6 células, por 350. Assim, por 30 lóraes de diferença apenas, compensou comprar o netbook melhor.

Ao passar na calçada, um menino vendendo alfajores por um real. Falamos que não queríamos e ele ficou “compra aí, hein, compra aí.” Ele encheu tanto o saco que acho que ele iria até a ponte da amizade conosco pra conseguir vender os alfajores… Compramos dois.

A máxima permitida é de 300 dólares por pessoa e, passando disso, tem-se de pagar 50% do valor do que foi ultrapassado. Voltamos, pegamos nosso carro e descobrimos que… nosso carro tinha ficado fora do estacionamento. Grande segurança!

Voltamos às três e meia, mas as lojas do Paraguai ficam abertas até às quatro horas do Paraguai (que é uma hora atrás de Foz do Iguaçu). Depois, jantamos no Muffato (que é um supermercado que tem self-service), muito barato (o quilo por 15 reais).

De interessante, não fizemos mais nada.



Foz do Iguaçu, 30 de julho de 2010



Reservamos o dia de hoje para conhecer o lado brasileiro das cataratas do Iguaçu. Chegando ao Parque Nacional do Iguaçu, pagamos as entradas. Para brasileiros acima de 12 anos, o preço é de 22 reais. Para crianças, 6 reais. O estacionamento, ao contrário do lado da Argentina. No estacionamento, pagamos 12 reais.

Pega-se um ônibus. O ônibus para numa trilha, de 9 quilômetros, que vai para botes, barcos motorizados etc. Depois, para no Macuco (que não fomos). A parada final é na trilha das cataratas. Vale a pena ver. Há muitos quatis, assim como na Argentina. O lado brasileiro, apesar de muito menor e com menos coisas para se ver, é mais bonito. Vê-se a Ganganta do Diabo, ficamos perto dela, numa visão diferente da visão argentina. Não levamos capas de chuva, mas é aconselhável. A trilha é rápida, e passamos duas horas dentro do parque apenas, em comparação às seis horas e meia da Argentina.

Voltamos, comemos novamento no Muffato, e depois voltamos ao Paraguai. Se você for comprar bastante coisas, compensa ir em dois dias. Fomos novamente a pé. Compramos, desta vez, perfumes e alguns presentinhos, além de Pringles. Essa batatinha chega a ser 10 reais no Brasil, mas no Paraguai encontramos por 2 dólares…

Já conhecíamos o Paraguai, e em duas horas estávamos voltando pela ponte da amizade.

Comemos no Mc Donalds de Foz do Iguaçu, que é muito mais barato do que o do aeroporto de Guarulhos. Depois, resolvemos ir para a Argentina.

Compramos seis caixas de alfajores (cada uma com 12), pois não voltaremos para lá assim, tão cedo. Também compramos duas barrinhas de chocolate Milka (brasileiro e muito bom, por sinal), pequenas, por 6 pesos. Uma barra gigante, no Paraguai, estava 7 dólares (compensava comprar lá no Paraguai).

Também fomos a uma loja de lembrancinhas, onde compramos um “copo de chimarrão” dentro de uma carroça, para meu irmão. Custou 30 pesos. (O vendedor, por sinal, insistiu que o Maradona foi mil vezes melhor que o Pelé, e que o Garrincha foi o melhor jogador do mundo. Fazer o quê…)

Voltamos e dormimos.



Foz do Iguaçu, 31 de julho de 2010


Hoje acordamos, tomamos café. Choveu. Nossa programação era ir para a Usina Hidroelétrica de Itaipu, mas ficamos desanimados com a chuva. Porém… Parou de chover. Chegamos a Itaipu 10 e quarenta. A próxima sessão de visita panorâmica era às 11 (as visitas são de uma em uma hora). Começamos assistindo a um filme, de 15 minutos, que explica a formação de Itaipu, desde a assinatura do tratado entre Brasil e Paraguai em 1973 até a finalização das obras em 2007.

Depois, entramos num ônibus, de dois andares, e fomos à parte de cima, sem janelas (ventou muito lá em cima). Há um instrutor, que vai explicando tudo, a construção, o que ocorre dentro de cada etapa. Houve paradas, para vermos as etapas do funcionamento da usina. O passeio ainda vai para o lado paraguaio da usina, e depois saímos.

Depois da usina de Itaipu, combinamos de ir ao Paraguai para comprar um instrumento musical para o meu pai, porém já eram duas e meia da tarde, e não quisemos ir à essa hora.

Nesse dia ainda, fomos ao Duty Free. Os produtos lá são mais caros que no Paraguai, porém mais baratos que no Brasil. Lá há perfumaria, loja de eletrônicos (baratos em relação ao Brasil), loja de doces (com chocolates importados, belgas e suíços). Eu realmente achei que a loja fosse maior, mas mesmo assim deu pra levar algumas coisas de lá, como um travesseiro de pena de ganso, que no Brasil custariam 70, 75 reais, e lá foram 15 dólares (cerca de 28 reais).

Passamos ainda para a cidade de Puerto Iguazú, e tentamos ir para o Marco das Três Fronteiras da Argentina (à noite), mas não deu. Fomos para uma loja de esportes, logo na entrada de Puerto Iguazú. Os tênis e chuteiras estavam muito mais baratos lá. Além disso, nós, brasileiros, não somos obrigados, por decreto mundial, a pagar impostos de outros países, a não ser o Brasil. Na Argentina, há um imposto sobre produtos (como aqui), e esses impostos podem ser devolvidos (17% do total das compras, desde que se apresente uma nota emitida da empresa) na aduana argentina. O nome dessa devolução é Tax Free. Há uma burocracia grande, mas no fim, você recebe a devolução. No Paraguai e no Duty Free já não há devolução, porque os produtos já são livres de impostos.

Comemos na Pizza Hut de Foz, uma das melhores pizzas que eu já comi na minha vida. Voltamos para o hotel e fomos dormir.



Foz do Iguaçu, 1 de agosto de 2010



Dia de volta. Já acordei pensando “que triste, dia de volta”. Descemos e tomamos café. Nós nem tínhamos planejado – era domingo! -, mas, só eu e meu pai, fomos para o Paraguai. Muitas lojas estavam abertas, e tudo muito mais livre. Antes de entrar no Paraguai, na aduana brasileira, por eu ser menor, perguntaram sobre minha mãe. Não é permitido entrar menores (seja no Paraguai, na Argentina ou em Cingapura), sem a presença dos dois genitores ou a autorização de um deles. Mas a mulher da aduana deixou-nos entrar, por misericórdia. Não sabíamos que não era permitido entrar sem os dois pais. Mas lá fomos. Uma guitarra que 950 reais, meu pai comprou por 190 dólares.

Íamos procurar perfumes na Monalisa, mas a loja estava fechada. Ainda compramos uma maletinha para netbook, por 10 dólares, na loja Sony. No Paraguai, vale pechinchar. O dinheiro deles é excessivamente desvalorizado, então, como se paga em dólares, a penchincha pode funcionar bastante. (Eles também aceitam real, peso, euro e, é claro, guarani).

O frio estava muito intenso. O vento forte. A sensação térmica era de mais ou menos 10 graus. Eu fui sem blusa, dentro do hotel estava quente, e pensei que era aquela a temperatura ambiente. Mas me arrependi. Os ventos, na ponte da amizade, são muito maiores do que em outros lugares de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu.

Quando voltamos, a receita federal e o lugar onde se cadastram o nome da pessoa, veem-se os produtos estavam fechados. Engraçado, esse tipo de coisa fecha aos domingos. Será que ninguém leva nada ilegal nos domingos… Não sei. Só sei que não tinha ninguém, e voltamos para Foz.

Eu e meu irmão comemos no Mc Donalds, meus pais comeram no Muffato, e às duas horas chegamos ao aeroporto. Tivemos medo, pois temos uma câmera (que não foi comprada no Paraguai), e não levamos a sua nota fiscal. Mas não nos pararam. Ficamos com medo porque nos disseram que a Receita Federal no aeroporto de Foz do Igauçu era forte, e, qualquer produto que você levar (mesmo que não tenha sido comprado no Paraguai) e não levar nota fiscal, a receita pode cismar que o produto foi comprado no Paraguai e o apreender. Por isso é importante levar a nota fiscal dos produtos.

Fizemos o check-in e embarcamos. O tempo estava terrível, o céu todo encoberto, e passamos por muitas turbulências. Até fiquei com medo quando o avião começou a fazer movimentos parecidos com os de montanha russa. Mas chegamos a Curitiba, num frio tremendo. O ônibus da Infraero que nos levou da pista ao aeroporto foi lotado. Parecia até que a Infraero não tinha mais ônibus.

Na escala em Curitiba, o voo, que era para sair às seis da tarde, por causa do mau tempo, saiu às seis e quarenta. Novamente passamos por turbulência, e vimos poucas estrelas no céu (mesmo acimas de algumas nuvens) por causa do mau tempo.

Sete e meia estávamos em São Paulo. Ainda comemos no Habib’s. Voltamos à nossa casa, e descansamos da viagem.