sábado, 7 de abril de 2012

Dicas de Viagem: Puerto Iguazú.


A foz do rio Iguaçu no rio Paraná marca essa linda vista do Marco das Três Fronteiras

A foz do rio Iguaçu no rio Paraná marca essa vista linda do marco 
das três fronteiras.

Dicas de Viagem: Puerto Iguazú

            Não é muito comum encantar-se facilmente por Puerto Iguazú. A cidade pode, à vista de quem não conhece direito a cidade, parecer feia ou talvez até mal cuidada. Mas basta entrar um pouco na cidade para conhecer um pouco mais seus encantos.
            Situada no extremo norte argentino, na província de Misiones, Puerto Iguazú é mais conhecida pelas cataratas. Não é uma grande cidade, e tampouco tem a infraestrutura de Foz do Iguaçu. Mesmo assim, ela pode ser desfrutada, se bem conhecida.
            Na primeira vez que viajamos, levamos uma impressão não muito boa da cidade. Desta última vez, em janeiro deste ano, como já conhecíamos muitas coisas, resolvemos dar mais espaço para a nossa vizinha argentina e conhecê-la um pouco melhor. Para conhecer as cataratas melhor, fizemos um post só dela. Dê uma olhada: Dicas: Cataratas do Iguaçu, Brasil e Argentina

Restaurantes 

A Piacere: Av. Córdoba, 125.
Na primeira noite, fomos ao típico churrasco argentino. A parrillada. Fomos a um ótimo restaurante chamado A Piacere. Fica localizado na Av. Córdoba, nº 125. Pedimos logo um bife de chorizo, de 400 gramas. Sem acompanhamentos o bife de chorizo custou AR$ 62. Os acompanhamentos custam cerca de AR$ 12 cada um.
A parrilla, que vêm com vários tipos de carnes, incluindo riñones (rins), tripas (intestino), morcilla (algo com sangue de boi), custa cerca de AR$ 170.
Fomos muito bem atendidos pelo garçom. É uma ótima opção de restaurante em Puerto Iguazú.

El Quincho de Tío Querido: Bompland, 110.          
Comemos lá na última noite. É ideal que se faça a reserva, pois o local é famoso e costuma ser bem cheio. Se você tiver sorte, sem fazer a reserva, pode ficar na parte aberta do restaurante. Os preços no restaurante são praticamente iguais aos demais.
A comida satisfatória, mas o serviço não foi tão bom quanto o do A Piacere. Se fôssemos novamente, entre os dois restaurantes, sem dúvida escolheríamos o primeiro.

Sorveteria

            Sorveteria? Sim. Muitas pessoas não sabem, mas além dos alfajores, doces de leite, empanadas e churrasco, sorvete é muito comum e apreciado na Argentina. O mais famoso por lá é o helado de dulce de leche. Realmente é espetacular, um dos melhores sorvetes que eu já comi na minha vida. E aqui no Brasil é raro sorvete de doce de leite, então é melhor se esbaldar por lá mesmo.
            A sorveteria mais conhecida por lá é a Grido Helados. Todos os sorvetes são deliciosos, mas, como eu já disse, não deixe de provar o de doce de leite, sem dúvidas o melhor.

Compras

            Foi-se o tempo em que a Argentina competia com o Paraguai para ver quem levava mais brasileiros para as suas terras afim de fazer compras. Ainda há pessoas que vão a Puerto Iguazú com essa intenção, e, no geral, são decepcionadas. Não existem muitas ofertas maravilhosas, além de que você está do lado do Paraguai, milhões de vezes melhor para as compras.
            Um ponto comum por lá por ser livre de impostos – e que ainda assim não tem preços muito bons – é o Duty Free Shop. Situado antes da aduana, ele ainda chama muitos brasileiros. Algumas coisas podem ser baratas ainda, mas no geral o Paraguai bate os preços na maioria das coisas. Vale a pena, entretanto, dar uma pesquisada nos preços de perfumes e doces (sim, doces, como doce de leite, alfajor ou chocolate).
            Em outras lojas espalhadas por Puerto Iguazú, dê uma olhada se, comprando lá, você tem direito ao Tax Free, isso é, livre de impostos. Em alguns lugares, por não ser argentino, você tem direito a isenção de imposto e devolução de 17% quando passar pela aduana.

Marco das Três Fronteiras (hito)

            Esse marco está presente nos três países que fazem a fronteira e marca a foz do rio Iguaçu no rio Paraná. É lindo. O marco com melhor estrutura (barraquinhas, preservação, local etc.) é o argentino, apesar de, no geral, muitas pessoas apenas conhecerem o lado brasileiro. Dê uma passada nos dois, se for possível. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Perguntas e respostas sobre compras no Paraguai


Veja a seguir uma série de perguntas com respostas sobre compras em Ciudad del Este.

1. Qual é o valor máximo para não pagar impostos em compras no Paraguai?

A lei diz que, se a travessia da fronteira for por via terrestre, a cota máxima é de US$ 300. Se for por via aérea, é de US$ 500. Como, porém, a maioria das pessoas vai para Foz do Iguaçu e atravessa a fronteira, para essas a cota é de US$ 300. Passada essa cota, deve-se pagar 50% sobre o valor ultrapassado.  

2. Devo confiar nos preços que os sites mostram?

Não. Apesar de, em algumas vezes, os preços estarem corretos, um vendedor do Paraguai nos deu a dica: “Eu posso colocar no site um preço, você vem aqui e eu falo que o produto está esgotado. Então eu lhe ofereço um produto mais caro. Preço de site não diz nada”.

3. Qual a forma mais segura de atravessar a Ponte da Amizade?

Ir de táxi ou vã costuma ser a forma mais segura. Atravessar a pé, porém, é bem tranquilo se você não foi perto de feriados comerciais, em quartas-feiras ou sábados. Essas são épocas ou dias de sacoleiros.

4. Meu produto ultrapassou a cota máxima. Posso dividir o preço com um familiar ou amigo para não pagar impostos?

Não. Se um laptop custou US$ 500, só pode ser colocado na declaração de um. Por tanto, serão pagos US$ 100. Se, porém, forem quatro produtos, por exemplo, cada um custando US$ 150, aí sim é permitido que dois sejam postos na declaração de um e dois na declaração do outro, sem que se paguem impostos.

5. Se gastei hoje US$ 300, posso ir amanhã e comprar mais US$ 300 sem pagar impostos?

Não. A cota máxima é por 30 dias. Por tanto, se você gastou US$ 300 hoje, você não paga nada. Se, porém, você gastar US$ 50 amanhã, vai pagar mais US$ 25. É a regra.

6. Qual moeda devo levar? Devo levar cartão?

O dólar é a moeda mais aconselhável. Primeiro, todos os preços estão expressos em dólares. A maioria das lojas, quando faz o câmbio para real, realiza uma cotação errada. Por exemplo, um produto de US$ 200, que deveria valer R$ 340, é cobrado por muitos como R$ 350 ou mesmo (e eu já vi isso, não só uma vez) por R$ 400.

Existem algumas lojas que fazem a cotação correta e encontramos apenas uma que compensava pagar com real.

Não costuma se viável pagar com cartão porque eles, em geral, cobram uma taxa que varia de 3 a 10% sobre o valor do produto, e aí já não compensa. O melhor é fazer câmbio em Foz do Iguaçu.

Vale a Dica: a moeda paraguaia é desvalorizada e eles costumam ter vantagem se você para em dólares. Por isso, em Ciudad del Este, compensa pechinchar, principalmente se você pagar em dólares. Tenha isso em mente.

7. Quais os horários das lojas do Paraguai? Quando ir a Ciudad del Este para não ter grandes problemas?

A maioria abre ás 6h e fecha às 16h, sempre no horário brasileiro (de segunda a sábado). Aos domingos, algumas lojas não abrem e as demais fecham ao 12h ou às 13h.

Para não ter muitos problemas, escolha qualquer dia da semana que não seja quarta-feira ou sábado, e fique longe de natal, dia das mães, crianças e outros feriados comerciais. As filas na Receita, além do mais, costumam estar maiores nesses dias (sendo que em outros dias, normalmente, nem há filas), e a segurança, menor.

            Vale a Dica: Reserve dois dias para ir ao Paraguai, principalmente se é a sua primeira vez. A cidade tem muitas lojas e, ao menos que você conheça o local e saiba exatamente o que vai comprar, o melhor, para ir tranquilo, é que no primeiro dia você veja tudo o que deseja comprar, pesquise e anote, e no segundo dia apenas saia comprando.

8. Como não ser tapeado nas compras?

Sempre confira as caixas dos produtos, e tenha a certeza de que eles estão lá e estão funcionando. Também compre em lojas confiáveis e jamais em camelôs. Nesses dois sites encontrei uma lista de lojas confiáveis, também fui nessas lojas e atesto a confiança. Dê uma olhada: http://tecnopot.com.br/as-melhores-lojas-para-compras-no-paraguai/ e http://viagensdamiolo.blogspot.com/2010/08/roteiro-de-lojas-no-paraguai.html .

9. Onde devo comer em Ciudad del Este?

Não coma na rua. Procure um local limpo para comer, como por exemplo na loja Monalisa ou Nave, no Shopping del Este, e até mesmo no Shopping Americana existe um restaurante no último piso. Tudo lá costuma ser barato, a US$ 7 o almoço, no geral.

Dicas de Compras no Paraguai

    O lendário ato de fazer compras no Paraguai sempre levantou dúvidas entre os brasileiros. Existem mesmo alguns que vão a Foz do Iguaçu apenas para fazer compras no Paraguai. Algumas questões são clássicas, como: quais lojas são seguras em Ciudad del Este? Qual a cota máxima? Como devo atravessar a ponte? E são algumas dessas respostas e outras dicas que este artigo quer levar a você.

    Antes de qualquer coisa, como ir ao Paraguai? Você vai ver milhares de posts na internet dizer que não é seguro atravessar a pé, que o melhor é ir de táxi ou fretar uma vã (o que pode ser verdade dependendo dos casos). Vamos por partes.

    Digamos que você esteja de carro. Parece um pouco óbvio que, por amor ao seu carro ou ao carro da sua locadora, você não vai querer entrar no Paraguai, um lugar horrível para estacionar, sem semáforos e – por que não dizer? – quase uma terra de ninguém, com o automóvel. O menos perigoso é deixar o carro em um estacionamento perto da ponte ou no próprio hotel, caso você pegue uma vã desde o lugar onde está hospedado.

    Cuidado com os estacionamentos: sempre pergunte se você pode ficar com a chave. Alguns não permitem, e isso pode levar a fazer o que fizeram conosco uma vez: deixar nosso carro na rua.

    Todos dizem que é perigosíssimo atravessar a ponte a pé. Não nego que seja, mas fiz esse percurso de ida e volta 5 vezes nos últimos dois anos (atravessei a ponte 10 vezes) e, desde que você tenha cuidado, a travessia será tranquila. É claro que você não pode, por exemplo, levar câmera fotográfica, bolsa e objetos de muito valor além do dinheiro. Em suma, atravessar a ponte da amizade é tão arriscado quanto andar na 25 de Março em São Paulo. A ponte tem apenas 550 metros.

    O motivo pelo qual as pessoas dizem que é horrível atravessar a pé é porque muitas vão nos sábados ou nas quartas-feiras, e esses são dias de sacoleiros. Então:  

    Vale a Dica: procure fugir do Paraguai às quartas-feiras e aos sábados e perto de feriados comerciais. Não compensa, vai encontrar tudo lotado e o risco à sua segurança é muito maior.

    Na volta, se você estiver portando muitas coisas de valor, é realmente aconselhável tomar uma vã ou um táxi para o lado brasileiro.

    Logo que se chega na ponte, existe a aduana brasileira. Passa-se por ela, por isso é importante portar RG. Menores de idade apenas com RG e a companhia dos dois genitores ou com a autorização reconhecida em cartório de um deles. Depois da aduana, ainda se percorre metade da ponte para oficialmente entrar no Paraguai. Do lado de lá não é exigido nada: até existe um prédio do governo, mas parece que a entrada no país é livre.

    Do lado de lá, evite comprar nos camelôs. Produtos falsificados e sem qualidade são neles vendidos. O melhor é procurar uma loja segura e confiável. Para isso basta dar uma olhada na internet, existem vários sites que oferecem uma lista de lojas seguras. Algumas lojas seguras nas quais eu fui foram Nave Shop (uma loja de departamentos, com boa aparência interna, restaurante e produtos de vários tipos, como eletrônicos, comestíveis, perfumes, roupas etc.) e Monalisa (outra loja de departamentos semelhante à nave). Algumas lojas dos shoppings (como China, Americana) são seguras também.

    É bom lembrar que nota fiscal do Paraguai não tem validade no Brasil. Portanto, se você comprou um celular por US$ 400 (e todos os produtos lá estão em dólares americanos) e o vendedor, para que você não pague impostos, te der uma nota de US$ 250, a Receita Federal não vai ser assim tão facilmente tapeada. Eles têm uma lista de produtos e valor de tabela. Portanto, independentemente de quanto você diga que pagou, se o valor na tabela for maior que US$ 300, você terá que pagar impostos de 50% sobre o valor ultrapassado.

    Na volta, declare tudo o que tiver passado da cota. Da última vez que eu fui, eles não estavam parando ninguém, e muitas pessoas simplesmente passavam pela Receita Federal. Acontece, porém, que na volta do aeroporto, eles fazem verificação de malas. Se você comprou um produto acima do valor máximo que não está declarado e eles virem (o que não é difícil, já que existe verificação), eles vão ficar com o seu produto. No caso de ônibus ou carro, já ouvi relatos de vezes em que pararam pessoas na estrada. No fim das contas, o melhor é declarar tudo mesmo.  

    Vale a Dica: leve nota fiscal dos produtos que você trouxer da sua casa. Eles podem implicar e dizer que você comprou no Paraguai. Uma moça nos disse, uma vez, no aeroporto, que a Receita Federal pegou o seu laptop que ela nem havia comprado no Paraguai.

    Se resolver voltar de táxi ou vã, pergunte antes se eles param na Receita Federal.

    E mais uma coisa: nunca, em hipótese alguma, leve produtos de outras pessoas desconhecidas para que não paguem impostos. Isso é crime e, além disso, a pessoa pode estar pedindo para você levar droga e você não sabe.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dicas: Cataratas do Iguaçu, Brasil e Argentina.


Parece o paraíso? Pois é quase isso: são as
 cataratas do Iguaçu.
    Recentemente, a revista National Geographic elegeu as cataratas do Iguaçu como uma das sete maravilhas naturais do mundo. E não é pra menos: em dois países, com até 82 metros de altura e cerca de 275 quedas, as cataratas são motivo de mistério e encantamento desde que os índios habitavam a região.
    A melhor época para ir é no verão, com grande vazão de água e quando não fica ruim se molhar um pouquinho. Apesar disso, ir no inverno também é compensador.
    Primeiro, vamos falar sobre o Parque Nacional Iguazú, o lado argentino.

Lado Argentino

Quatis: eles andam soltos pelo parque.
    Preço de entrada: AR$ 70 para residentes do Mercosul. AR$ 40 para crianças entre 6 e 12 anos. O pagamento só pode ser feito em pesos argentinos.
    Estacionamento: AR$ 24.
    Horários: 8h – 18h no horário argentino.
  
    É o maior e mais compensador que o lado brasileiro. Tem quatro trilhas principais: o Paseo Inferior, o Paseo Superior, a Garganta del Diablo e a Isla San Martín.
    Para conhecer o parque é necessário um dia inteiro (cerca de 7h, sem contar passeios pagos à parte). Como muitas pessoas não conseguem fazer o passeio em apenas um dia, o parque oferece o segundo dia pela metade do preço.
    Prepare-se para, dentro do parque, se deparar com quatis e iguanas, espalhados pelo parque e andando livremente. Em momento algum os alimente.
Vista do Paseo Superior
    Do Paseo Inferior veem-se de baixo as cataratas. É de lá que sai um barquinho (que já está incluso no preço da entrada) para a Isla San Martín. Essa ilha tem três trilhas, que oferecem ótimas vistas para a Garganta do Diabo e outras quedas. Do Paseo Inferior também saem outros passeios pagos à parte.
    A mesma Isla San Martín tem uma prainha, onde é permitido banhar-se. Cuide, apenas, para não se afastar dela.
    O Paseo Superior é a vista de cima das quedas.
Vista desde a Isla San Martín.
    A Garganta do Diabo, por último, é a mais encantadora das trilhas. Com 1,1 km de extensão, percorre-se toda a largura do rio Iguaçu antes das quedas até chegar ao maior salto, com 82 metros de altura e em forma de U. Quase não se vê nada lá em baixo por causa da nuvem de vapor que sobe da queda.
    Dentro do parque existem vários restaurantes. Entre eles, churrascaria, buffet self-service e alguns fast-food. Estas lanchonetes fast-food estão espalhadas por todo parque. Tem um na estação central, no centro de alimentação e um dentro do Paseo Inferior.
    Vale a dica: não coma na lanchonete que fica dentro do Paseo Inferior. Há muitos quatis lá e com certeza você não vai querer que sua comida seja atacada por um quati como a nossa foi.

Outros passeios pagos:

Gran Aventura: uma lancha que vai perto da Garganta do Diabo. Preço: AR$ 260. Saídas a cada hora das 8h45min às 15h45min.  

Aventura Náutica: também uma lancha, numa versão menor do Gran Aventura. Preço: AR$ 125. Saídas a cada 20 minutos, das 10h às 16h45min.

Paseo Ecológico: Passeio feito de barco. Dura 30 minutos. Preço: AR$ 50. Saídas a cada 15 minutos, das 10h às 17h.

Passeio da Lua Cheia: é necessária reserva com, pelo menos, 15 dias de antecedência. Acontece apenas 5 dias por mês, na lua cheia. Custa 230 pesos com jartar incluso no restaurante La Selva. Sem o jantar, custa 160 pesos.

Lado Brasileiro

Preço: R$ 24,60 para brasileiros. Crianças (2-11 anos): R$ 7.
Estacionamento: R$ 14.
Horários: 9h – 17h.

A maravilhosa vista desde o lado brasileiro
    Bem menor que o lado da Argentina, o lado do Brasil pode ser conhecido em apenas duas horas (ao menos que você vá fazer algum dos passeios extras, como Macuco e o Campo de Desafios. Com isso é necessário reservar um dia inteiro). É ideal para quem tem crianças e não deseja andar muito. É indispensável para quem visita Foz pela primeira vez, visitar o lado brasileiro.
    Enquanto o lado argentino tem um trem que comunica as trilhas, o brasileiro tem um ônibus, que sai a cada 15 minutos e faz várias paradas em lugares como a descida para o macuco, trilhas na mata e o Campo de Desafios.
    Apesar de ser tão menor que o argentino, não perde em beleza nem em estrutura: de lá, é possível ter a melhor vista da Garganta do Diabo – uma vez que, na Argentina, a vista é de cima e, no Brasil, é possível vê-la de frente.
    Um dos lugares para se comer no parque é o restaurante Porto Canoas, com vista para as cataratas.

Outros passeios pagos:
 
Macuco Safari: comparado, por vezes, ao Gran Aventura argentino, o Macuco tem duas horas de passeio de barco, custando R$ 140. Saídas a cada 15 minutos, das 9h às 17h 20min.

Campo de Desafios: é um centro de esportes radicais. Lá se pode praticar rafting, arvorismo e rapel. Preço: arvorismo: R$ 50. Rafting: R$ 80.  Rapel: R$ 70.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

27 de janeiro de 2012. Ciudad del Este e Puerto Iguazú

   Voltamos ao Paraguai; hoje tentamos sair mais cedo do hotel para conseguir aproveitar mais o dia de compras em Ciudad del Este. Primeiramente precisamos trocar dinheiro, afinal já sabíamos o preço do que íamos comprar (havíamos visto no dia anterior). Havendo trocado dinheiro, fomos novamente de carro até os estacionamentos próximos a Ponte da Amizade.
   Esse lugar de estacionamento já parece uma parte do Paraguai: totalmente sujo e horrível. De qualquer modo, quando tentamos voltar ao estacionamento em que havíamos deixado o carro no dia anterior, perguntamos se poderíamos deixar a chave. O homem respondeu: “pra que ficar com a chave, se o carro vai ficar aqui?” Por causa da brincadeira sem graça, perdeu o cliente.
   Fomos a outro estacionamento e novamente atravessamos a Ponte da Amizade a pé. Compramos na loja chamada Android Market. Além de conseguirmos US$ 70 de desconto em relação ao preço original do celular. É muito importante pedir descontos no Paraguai, já que eles costumam elevar mesmo os preços. E a redução no preço costuma ser ainda maior se você paga em dólar, já que devido à moeda fraca do Paraguai, pagar em dólares sempre lhes dá lucro. Essa foi a única loja em que nós conseguimos encontrar pessoas engraçadas e muito divertidas – os vendedores. Fazendo piadas e brincando a todo tempo, só o atendimento já compensava a compra. Se não me engano, essa loja fica no Shopping Mina India.
   Comemos no Burger King no mesmo shopping, e continuamos, procurando um bom tablet por um bom preço. Infelizmente, não deu certo, mas compramos outras coisas (entre elas roupas e tênis, além de, curiosamente, chocolates e alfajores, que procurávamos há algum tempo).
   Voltamos a pé, mesmo com todas as contraindicações, e com as mercadorias (que na verdade eram poucas) nas mãos. Muitos colocam medo e dizem que é excessivamente perigoso – o que não notamos em nenhuma das dez vezes que atravessamos a ponte entre 2010 e 2012. Ou melhor: existe perigo, mas esteja atento e tente não levar nada de muito valor. Se for carregado de compras, por exemplo, é melhor locar uma van ou um táxi.
   Na volta, já no Brasil, existe uma entrada onde se faz a declaração de produtos comprados. Todos passavam reto por essa entrada, mas nós entramos. Fizemos a DBA, mesmo com toda a má vontade do atendente da Aduana, com seu sono e com a excessiva falta de informação.
A maravilhosa vista do Marco das Três Fronteiras desde
o marco argentino.
   Uma pergunta pode surgir: por que fazer a declaração, se existe a opção de passar reto pela declaração? Por dois motivos: primeiro de tudo, gostamos de fazer as coisas como devem ser feitas. E, segundo, a receita costuma pegar no aeroporto quem fez e quem não fez o Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Fiscais). E não só no aeroporto. Às vezes param também em estradas e rodoviárias.
   Pegamos o carro e fomos direto ao Marco das Três Fronteiras. Não, não o do Brasil, a que já havíamos ido em 2010; fomos ao Marco da Argentina. A vista? Exatamente a mesma. A estrutura? Nem tanto. Não sei como anda hoje em dia, mas na época que fomos para o marco do Brasil, existia uma vista, um monumento, uma loja, só. A vista é a mesma vista maravilhosa, e compensa do mesmo jeito. Mas o da Argentina tem mais organização, e a estrutura do lugar é mais bonita que a do Brasil. O marco, na verdade, é a verdadeira foz do Iguaçu. É quando o rio Iguaçu desemboca suas águas no Rio Paraná, o que faz a divisão entre os três países: Brasil, Paraguai e Argentina. Visto isso, precisávamos, agora, jantar.    Fomos a um famoso restaurante de Puerto Iguazú, chamado El Quincho del Tío Querido. Eu pedi um bife de chorizo, o famoso contrafilé argentino, e minha família pediu a parrillada. Essa parrilla não costuma ser pedida por brasileiros, uma vez que contém muitos miúdos e não estamos acostumados a comer esse tipo de coisa. Exemplo: tripa gorda (intestino grosso), riñones (rins), morcilla (algo como uma lingüiça com sangue de animal...) entre outros. Apesar disso, não custa de nada experimentar.
Monumento do Marco das Três Fronteiras.
   A carne, em si, estava boa, como é de praxe na Argentina. Algumas observações, porém: o arroz, como também é costume em alguns restaurantes argentinos, estava sem sal, sem alho, sem cebola. Apesar disso, comemos um bom arroz no Piacere (restaurante no qual comemos na primeira noite); o atendimento foi regular, não foi um dos melhores; o preço estava igual a qualquer lugar. Entre outros detalhes, El Quincho del Tío Querido não é melhor que o Piacere, que tem um ótimo serviço, comida e ambiente.
   Nós ainda fomos, no final da rua do restaurante (El Quincho del Tío Querido fica na Calle Bompland), a uma sorveteria, a Grido Helados. Todos os sorvetes são deliciosos, mas fica o destaque para o sorvete de doce de leite. Podem me chamar de exagerado, mas parecia que, sem acréscimo de nenhum ingrediente, simplesmente congelaram o melhor doce de leite argentino, de tão bom que é. Vale a pena dar uma passada no Grido e tomar alguma coisa.
   Voltamos para o hotel. Amanhã voltamos para São Paulo, depois de uma curta porém proveitosa viagem.


Foto do Grido Helados. Uma famosa sorveteria de Puerto Iguazú.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

26 de janeiro de 2012. Ciudad del Este, Alto Paraná, PY

   Hoje fomos às compras no Paraguai. O segredo para ter boas compras é não sair muito tarde. As lojas fecham excessivamente cedo (sempre às 16h do Brasil) e, em compensação, costumam abrir às 7h. Se você sai do hotel às 11h, tem apenas 5h – e acredite, 5h não é nada para aquela enxurrada de lojas.
   Todos entramos no carro e pegamos a estrada rumo à aduana do Brasil, no limite com o Paraguai. Como o carro é alugado e não é permitido entrar no Paraguai – e dizem também que não é bom fazê-lo com carro próprio -, deixamos o carro num dos muitos estacionamentos que ficam uma rua acima da aduana. Escolhemos um estacionamento que poderíamos levar a chave (o que é muito importante, visto que, da outra vez que viemos a Foz do Iguaçu, deixaram nosso carro na rua). Havendo deixado lá, atravessamos a Ponte da Amizade a pé.
   Algo nos chocou. Da outra vez que viemos, tínhamos que parar na aduana brasileira, entregar documentos, para que então nos deixassem passar. Desta vez, apesar de estar aberta a aduana (realmente não sei pra quê), havia um espaço por onde, livre e conscientemente, se podia passar. Achamos estranho, mas havia até mesmo agentes da polícia ao lado daquele espaço. Traduzindo: entramos no Paraguai, como todos os outros, sem apresentação de documentos, sem que olhassem para nossos rostos.
   Estávamos decididos a, hoje, apenas olhar os produtos, e amanhã, quando voltarmos ao Paraguai, comprá-los.
   Entrando no Paraguai, fomos direto ao que interessava: Nave Shop. (Recebemos a notícia de parentes de que parte da Nave foi incendiada alguns dias depois que voltamos de viagem). É uma verdadeira loja de departamentos: tem desde eletrônicos, passando por roupas, comida, jogos, perfumes etc. Olhamos o que queríamos (roupas, perfumes, alfajores...), e seguimos em frente. Uma coisa espantosa é a quantidade de camelôs que existe no Paraguai. Não é aconselhável comprar nada deles, principalmenteeletrônicos.
   Fomos a outro shopping bem conhecido, o Shopping Americanas. Não é bem igual ao Nave. O Nave é estilo loja de departamentos (de uma única loja), e é muito mais arrumado que o Americanas, que reúne várias lojas num único shopping (como estamos acostumados a ver no Brasil).
   O que nos realmente procurávamos, em primeira instância, era um tablet. Nas lojas, na verdade em quase todas, o que se nota é uma falta de preparo e de entendimento sobre o assunto. Ao serem questionados sobre, por exemplo, o processador de algum aparelho, ficam todos atrapalhados. Por isso é sempre bom dar uma pesquisada antes sobre o que se vai comprar (inclusive nas lojas indicadas e confiáveis).
   Almoçamos num restaurante que fica no último andar do Americanas, custando US$ 7 por pessoa. A comida… bem… não é nada de muito bom – e nada de muito ruim.
   Comprei uma camisa oficial da Espanha por US$ 40, que aqui custaria, por baixo, uns R$ 200. Tênis também são muito baratos lá. (É claro que não me refiro a camelôs).
   Continuamos andando; passamos em várias lojas, fomos ainda à Monalisa (uma loja de departamentos como o Nave), e, surpreendentemente, nosso tempo já havia acabado. Voltamos a Ponte da Amizade, novamente a pé.
   À noite, jantamos no Muffato novamente.
   Fomos, depois, para Puerto Iguazú, numa famosa feirinha.
   O lugar da feirinha é bem feio, mas tem, basicamente, comida. Pêssego em lata (o pêssego argentino é muito bom), azeitona recheada, alfajor, queijo, empanada, dulce de leche etc.
   Algo sobre Puerto Iguazú: quando se vê a cidade pela primeira vez, tem-se a impressão de que é um lugar feio, e algumas partes realmente são. Se, porém, se adentrar na cidade, é possível achar lugar bonitos e tomar gosto por ela. Claro que não é nenhuma cidade linda, mas tem seus encantos. Principalmente ao comer o delicioso churrasco argentino num bom restaurante, ou tomar um helado de dulce de leche.
   Depois de mais um dia cansativo, novamente retornamos para o hotel Florença.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

25 de janeiro de 2012. Puerto Iguazú, Misiones, ARG.

   Dia reservado para as cataratas da Argentina. Como já conhecíamos Foz do Iguaçu e sabemos que as cataratas do lado hermano são compensadoras e muito maiores, fomos direto a elas, sem intenção de ir ao lado brasileiro.
   Desde que havíamos ido, um ano e meio atrás, os preços aumentaram bastante: a entrada para residentes do Mercosul, que era AR$ 45, aumentou para AR$ 70. Ainda assim, o preço é justo (mais ou menos R$ 5 a mais do que a do Brasil, que custa R$ 25 e pode ser conhecido em menos de metade do tempo da argentina) e o parque, bem conservado. O estacionamento custou mais AR$ 24.

Vista desde o Paseo Inferior

   O passeio começou numa caminhada de cerca de 650 m até a estação central, de onde fomos para o Paseo Inferior. Nessa parte, é possível, como o nome sugere, ver as cataratas de uma parte mais baixa; as paisagens que conseguimos ver foram, sem dúvidas, as mais deslumbrantes que poderíamos ter visto. O Paseo Inferior é uma pista de cerca de 1.300 metros, que leva a avistar as paisagens de vistas variadas. No final da trilha do Paseo Inferior existe uma trilha pequena que sai para um barquinho para a Isla San Martín. O valor do barco que vai para essa ilha já está incluso na entrada do parque.  
   Sem comunicação com o resto das trilhas, a Isla San Martíntem três trilhas principais, que oferecem vista para maravilhosos saltos. Para chegar a essas trilhas é necessário subir uma escadaria de botar medo, mas que compensa ao chegar lá em cima. E foi chegando lá que vimos uma iguana livremente andando pela trilha por onde passamos. Nessa ilha há ainda uma prainha, onde muitas pessoas ficam se banhando nas águas do Iguaçu.
   O total das trilhas, entre Paseo Inferior e Isla San Martín completou quase 2h30min! Voltamos exaustos e famintos dessas duas trilhas. Dentro do parque há alguns restaurantes e lanchonetes. Resolvemos comer numa lanchonete, que sairia mais barato do que em um dos restaurantes em estilo buffet do parque. A lanchonete que escolhemos é uma que se espalha pelo parque: há uma dentro do Paseo Inferior, outra na estação central do trem e ainda mais um, logo na saída do Paseo Inferior. Dica muito válida: NÃO coma no que fica dentro do Paseo. Há quatis por todas as partes e, como aconteceu com o nosso, pode ser que um quati ataque sua comida.
Vista, ao longe, da Garganta do Diabo desde um dos mirantes
da Isla San Martín
   Saindo de lá, fomos direto para a Garganta do Diabo. A vista, em si, compensa tudo o que se paga no valor do parque. Para chegar lá é necessário pegar um trenzinho que vai para a Garganta del Diablo. Tendo descido na estação, vamos até uma trilha, onde se anda 1,1 km sobre o Rio Iguaçu até chegar à atração principal: com 80 metros de altura, a Garganta tira todo o fôlego que sobrou das vistas anteriores.
   Já eram 16h, e resolvemos não fazer o Paseo Superior – que já havíamos feito da outra vez que viemos às cataratas.
   Voltamos ao hotel e, à noite, comemos num supermercado econômico chamado Muffato, em Foz do Iguaçu (que vende comida self-service a R$ 17,90 o quilo). A comida é satisfatória e saborosa, mas nada de luxo.
   Voltamos para dormir finalmente, depois de um dia cansativo.