sábado, 25 de fevereiro de 2012

Dicas de Compras no Paraguai

    O lendário ato de fazer compras no Paraguai sempre levantou dúvidas entre os brasileiros. Existem mesmo alguns que vão a Foz do Iguaçu apenas para fazer compras no Paraguai. Algumas questões são clássicas, como: quais lojas são seguras em Ciudad del Este? Qual a cota máxima? Como devo atravessar a ponte? E são algumas dessas respostas e outras dicas que este artigo quer levar a você.

    Antes de qualquer coisa, como ir ao Paraguai? Você vai ver milhares de posts na internet dizer que não é seguro atravessar a pé, que o melhor é ir de táxi ou fretar uma vã (o que pode ser verdade dependendo dos casos). Vamos por partes.

    Digamos que você esteja de carro. Parece um pouco óbvio que, por amor ao seu carro ou ao carro da sua locadora, você não vai querer entrar no Paraguai, um lugar horrível para estacionar, sem semáforos e – por que não dizer? – quase uma terra de ninguém, com o automóvel. O menos perigoso é deixar o carro em um estacionamento perto da ponte ou no próprio hotel, caso você pegue uma vã desde o lugar onde está hospedado.

    Cuidado com os estacionamentos: sempre pergunte se você pode ficar com a chave. Alguns não permitem, e isso pode levar a fazer o que fizeram conosco uma vez: deixar nosso carro na rua.

    Todos dizem que é perigosíssimo atravessar a ponte a pé. Não nego que seja, mas fiz esse percurso de ida e volta 5 vezes nos últimos dois anos (atravessei a ponte 10 vezes) e, desde que você tenha cuidado, a travessia será tranquila. É claro que você não pode, por exemplo, levar câmera fotográfica, bolsa e objetos de muito valor além do dinheiro. Em suma, atravessar a ponte da amizade é tão arriscado quanto andar na 25 de Março em São Paulo. A ponte tem apenas 550 metros.

    O motivo pelo qual as pessoas dizem que é horrível atravessar a pé é porque muitas vão nos sábados ou nas quartas-feiras, e esses são dias de sacoleiros. Então:  

    Vale a Dica: procure fugir do Paraguai às quartas-feiras e aos sábados e perto de feriados comerciais. Não compensa, vai encontrar tudo lotado e o risco à sua segurança é muito maior.

    Na volta, se você estiver portando muitas coisas de valor, é realmente aconselhável tomar uma vã ou um táxi para o lado brasileiro.

    Logo que se chega na ponte, existe a aduana brasileira. Passa-se por ela, por isso é importante portar RG. Menores de idade apenas com RG e a companhia dos dois genitores ou com a autorização reconhecida em cartório de um deles. Depois da aduana, ainda se percorre metade da ponte para oficialmente entrar no Paraguai. Do lado de lá não é exigido nada: até existe um prédio do governo, mas parece que a entrada no país é livre.

    Do lado de lá, evite comprar nos camelôs. Produtos falsificados e sem qualidade são neles vendidos. O melhor é procurar uma loja segura e confiável. Para isso basta dar uma olhada na internet, existem vários sites que oferecem uma lista de lojas seguras. Algumas lojas seguras nas quais eu fui foram Nave Shop (uma loja de departamentos, com boa aparência interna, restaurante e produtos de vários tipos, como eletrônicos, comestíveis, perfumes, roupas etc.) e Monalisa (outra loja de departamentos semelhante à nave). Algumas lojas dos shoppings (como China, Americana) são seguras também.

    É bom lembrar que nota fiscal do Paraguai não tem validade no Brasil. Portanto, se você comprou um celular por US$ 400 (e todos os produtos lá estão em dólares americanos) e o vendedor, para que você não pague impostos, te der uma nota de US$ 250, a Receita Federal não vai ser assim tão facilmente tapeada. Eles têm uma lista de produtos e valor de tabela. Portanto, independentemente de quanto você diga que pagou, se o valor na tabela for maior que US$ 300, você terá que pagar impostos de 50% sobre o valor ultrapassado.

    Na volta, declare tudo o que tiver passado da cota. Da última vez que eu fui, eles não estavam parando ninguém, e muitas pessoas simplesmente passavam pela Receita Federal. Acontece, porém, que na volta do aeroporto, eles fazem verificação de malas. Se você comprou um produto acima do valor máximo que não está declarado e eles virem (o que não é difícil, já que existe verificação), eles vão ficar com o seu produto. No caso de ônibus ou carro, já ouvi relatos de vezes em que pararam pessoas na estrada. No fim das contas, o melhor é declarar tudo mesmo.  

    Vale a Dica: leve nota fiscal dos produtos que você trouxer da sua casa. Eles podem implicar e dizer que você comprou no Paraguai. Uma moça nos disse, uma vez, no aeroporto, que a Receita Federal pegou o seu laptop que ela nem havia comprado no Paraguai.

    Se resolver voltar de táxi ou vã, pergunte antes se eles param na Receita Federal.

    E mais uma coisa: nunca, em hipótese alguma, leve produtos de outras pessoas desconhecidas para que não paguem impostos. Isso é crime e, além disso, a pessoa pode estar pedindo para você levar droga e você não sabe.

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