quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

27 de janeiro de 2012. Ciudad del Este e Puerto Iguazú

   Voltamos ao Paraguai; hoje tentamos sair mais cedo do hotel para conseguir aproveitar mais o dia de compras em Ciudad del Este. Primeiramente precisamos trocar dinheiro, afinal já sabíamos o preço do que íamos comprar (havíamos visto no dia anterior). Havendo trocado dinheiro, fomos novamente de carro até os estacionamentos próximos a Ponte da Amizade.
   Esse lugar de estacionamento já parece uma parte do Paraguai: totalmente sujo e horrível. De qualquer modo, quando tentamos voltar ao estacionamento em que havíamos deixado o carro no dia anterior, perguntamos se poderíamos deixar a chave. O homem respondeu: “pra que ficar com a chave, se o carro vai ficar aqui?” Por causa da brincadeira sem graça, perdeu o cliente.
   Fomos a outro estacionamento e novamente atravessamos a Ponte da Amizade a pé. Compramos na loja chamada Android Market. Além de conseguirmos US$ 70 de desconto em relação ao preço original do celular. É muito importante pedir descontos no Paraguai, já que eles costumam elevar mesmo os preços. E a redução no preço costuma ser ainda maior se você paga em dólar, já que devido à moeda fraca do Paraguai, pagar em dólares sempre lhes dá lucro. Essa foi a única loja em que nós conseguimos encontrar pessoas engraçadas e muito divertidas – os vendedores. Fazendo piadas e brincando a todo tempo, só o atendimento já compensava a compra. Se não me engano, essa loja fica no Shopping Mina India.
   Comemos no Burger King no mesmo shopping, e continuamos, procurando um bom tablet por um bom preço. Infelizmente, não deu certo, mas compramos outras coisas (entre elas roupas e tênis, além de, curiosamente, chocolates e alfajores, que procurávamos há algum tempo).
   Voltamos a pé, mesmo com todas as contraindicações, e com as mercadorias (que na verdade eram poucas) nas mãos. Muitos colocam medo e dizem que é excessivamente perigoso – o que não notamos em nenhuma das dez vezes que atravessamos a ponte entre 2010 e 2012. Ou melhor: existe perigo, mas esteja atento e tente não levar nada de muito valor. Se for carregado de compras, por exemplo, é melhor locar uma van ou um táxi.
   Na volta, já no Brasil, existe uma entrada onde se faz a declaração de produtos comprados. Todos passavam reto por essa entrada, mas nós entramos. Fizemos a DBA, mesmo com toda a má vontade do atendente da Aduana, com seu sono e com a excessiva falta de informação.
A maravilhosa vista do Marco das Três Fronteiras desde
o marco argentino.
   Uma pergunta pode surgir: por que fazer a declaração, se existe a opção de passar reto pela declaração? Por dois motivos: primeiro de tudo, gostamos de fazer as coisas como devem ser feitas. E, segundo, a receita costuma pegar no aeroporto quem fez e quem não fez o Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Fiscais). E não só no aeroporto. Às vezes param também em estradas e rodoviárias.
   Pegamos o carro e fomos direto ao Marco das Três Fronteiras. Não, não o do Brasil, a que já havíamos ido em 2010; fomos ao Marco da Argentina. A vista? Exatamente a mesma. A estrutura? Nem tanto. Não sei como anda hoje em dia, mas na época que fomos para o marco do Brasil, existia uma vista, um monumento, uma loja, só. A vista é a mesma vista maravilhosa, e compensa do mesmo jeito. Mas o da Argentina tem mais organização, e a estrutura do lugar é mais bonita que a do Brasil. O marco, na verdade, é a verdadeira foz do Iguaçu. É quando o rio Iguaçu desemboca suas águas no Rio Paraná, o que faz a divisão entre os três países: Brasil, Paraguai e Argentina. Visto isso, precisávamos, agora, jantar.    Fomos a um famoso restaurante de Puerto Iguazú, chamado El Quincho del Tío Querido. Eu pedi um bife de chorizo, o famoso contrafilé argentino, e minha família pediu a parrillada. Essa parrilla não costuma ser pedida por brasileiros, uma vez que contém muitos miúdos e não estamos acostumados a comer esse tipo de coisa. Exemplo: tripa gorda (intestino grosso), riñones (rins), morcilla (algo como uma lingüiça com sangue de animal...) entre outros. Apesar disso, não custa de nada experimentar.
Monumento do Marco das Três Fronteiras.
   A carne, em si, estava boa, como é de praxe na Argentina. Algumas observações, porém: o arroz, como também é costume em alguns restaurantes argentinos, estava sem sal, sem alho, sem cebola. Apesar disso, comemos um bom arroz no Piacere (restaurante no qual comemos na primeira noite); o atendimento foi regular, não foi um dos melhores; o preço estava igual a qualquer lugar. Entre outros detalhes, El Quincho del Tío Querido não é melhor que o Piacere, que tem um ótimo serviço, comida e ambiente.
   Nós ainda fomos, no final da rua do restaurante (El Quincho del Tío Querido fica na Calle Bompland), a uma sorveteria, a Grido Helados. Todos os sorvetes são deliciosos, mas fica o destaque para o sorvete de doce de leite. Podem me chamar de exagerado, mas parecia que, sem acréscimo de nenhum ingrediente, simplesmente congelaram o melhor doce de leite argentino, de tão bom que é. Vale a pena dar uma passada no Grido e tomar alguma coisa.
   Voltamos para o hotel. Amanhã voltamos para São Paulo, depois de uma curta porém proveitosa viagem.


Foto do Grido Helados. Uma famosa sorveteria de Puerto Iguazú.

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